segunda-feira, 30 de maio de 2011

De onde vem a inspiração

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A madrugada me inspira, esse friozinho melancólico, a névoa, como um fino véu de noiva e a chuva fina que cai  como partículas de estilhaços de vidro, tocam fundo na alma dos sozinhos, dos que tomam chá pra conversar consigo mesmos. Músicas também inspiram, aromas, cores... É como se houvesse um corte sem pena na camada que protege o coração e também na parte da memória reprimida, que não deveria ser excitada, porque contém conteúdos que, expostos, geram confusão mental e tristeza... a tristeza me inspira, porque ela é um sentimento muito verdadeiro, ela aflora tudo o que há em mim, traz pra fora, transborda.
O corte que me fazem, jorram sangue em forma de palavras, proporcionando ver-me por dentro, quase que em totalidade: as emoções, opiniões, distrações, abominações e até quase as paixões, bem aqui, para todos vocês lerem. O que é bem perigoso eu diria, corro o risco de ser julgada, de fazerem mau leitura de mim, mas eu suporto os riscos, prefiro ser verdadeira, mostrar-me! Sou como dizia, sabiamente, Clarice Lispector: "Mas sou de trato muito simples, mesmo que a alma seja complexa".



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