domingo, 26 de janeiro de 2014

Insônia

Pensamentos insistentes
Parecem torneira pingando
Ploc! Ploc!
A noite inteira.
Parece martelo num prego
Tá! Tá! Tá! Tá!
Madrugada adentro.

Travesseiro quente
Queima meu sono
Lençóis revirados
Pernas inquietas
Olhos arenosos
Boca seca

Um copo d'água pra lavar toda essa lama
Ver a água corrente
O barro limpinho
Doido pra virar escultura
Ver ideia tomando forma.
Tic tac tic tac
O tempo corre!

O tempo apressa
A pressa imprensa
E a insônia é densa.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Amarelo fruta

Tão sós na tarde cor de manga
Eu, tão só, no teu corpo cor de âmbar
Minhas mãos percorriam um caminho macio e conhecido
Teus lábios suavemente colados aos meus, como borboleta pousada na flor
Nossos corpos, uma nota só de um ritmo calmo
Tal qual a canção que preenchia o ambiente e repetia perguntando se você poderia me emprestar suas asas.
Mãos dadas e nos sentíamos realmente voar
Um vôo calmo e prazeroso.
Todo o teu corpo trêmulo, ofegante, colado ao meu
Sentia teu peso e teu coração
Nossas almas confraternizam esse momento em sintonia
Não existe pecado
Não existe arrependimento
Os pudores já se foram
Mas o carinho latente em nosso peito
Ah, esse nunca se vai...
Impregna-se na conexão da nossa amizade.