quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Do lado de lá

Lá de onde eu venho eu não preciso explicar-me
Basta olhar, basta ensaiar com a mão um gesto inacabado
Lá de onde eu venho, eu saio à meia luz, à meia noite
Coberta pelas estrelas e vigiada pela Lua
Lá de onde eu venho eu não preciso de relógios
Não preciso de palavras demais, seriedade demais, não aprecio os excessos.
Preciso de sorrisos, e os tenho. Sorrisos sinceros e coloridos.
Quando estou lá, as coisas parecem mágica
Lá de onde eu venho o impossível é um "quem sabe"
O muito pouco se transforma em muito, apenas
E a natureza me abraça com seus fins de tarde acolhedores e mornos.
Lá, o lugar de onde venho, sempre me conforta
É o meu paraíso terreno e terno.



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Enigma

Loucura de amor? O amor, em si, já é uma tremenda loucura. Imagine só pensar por dois, imagine só viver por dois em um só, imagine ter um sentimento tão incondicional e amplo por uma pessoa que foge ao seu controle, que é parte de um mundo externo ao seu, mas que ao mesmo tempo é tão íntima e interna e consegue te fazer imensamente bem. Amar é como pular em queda livre em um penhasco alto e com fim. Escrever coisas tão sentimentais, tão amorosas e no ano seguinte não reconhecer a letra e a pessoa, muito menos o sentimento que havia. O amor é um enigma que só se decifra momentaneamente, só no momento da vivência, depois tudo perde o sentido novamente. O amor é um paradoxo.

Ao menos para mim.