domingo, 28 de abril de 2013

Desculpe-me o frio


Quando o frio me guardou em seus braços, eu quis calor. Frio nos deixa aquele vazio não preenchido e aquele gosto de café amargo na garganta, de amor ausente. Quando a noite cai, eu me aqueço na minha própria existência morna, nos meus devaneios incertos e pensamentos melancólicos. Por vezes, sorrio pras estrelas, quando elas aparecem... mas nem sempre elas me devolvem o sorriso. Madrugadas são um templo, onde amantes envolvem-se em tranças de pernas, onde boêmios entoam canções meio desajeitadas de uns goles a mais, mulheres tragam seus cigarros, pessoas dormem, outras refletem...onde pensamentos varrem o juízo como chuva fina lava a calçada e eu, meio tonta de sono, reconheço o peso das minhas palavras e que, a tristeza, real ou inventada, me inspira.

Talvez seja pretensão demais tentar transformar retalhos de alma em poesia, mostrar-me ao avesso pra saberem que por dentro é o meu lado certo... Sou o emaranhado dos meus pensamentos, sou meus suspiros e devaneios mais íntimos, sou a palavra que digo, e a que guardo,  sou meu eu, escondido, puro, meu.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Nudez poética

Muitas coisas me enchem a vista, mas a nudez me encanta! É pura poesia muda contida em cada pura pele, cada marca de vida e singularidade. Tem um quê de verdade, fragilidade, transparência...  Tristes dos que foram treinados a observar a nudez erótica apenas, a nudez com finalidade... perdem de ler a música que enrola e impermeia a pele dos desinibidos.  Da prosa e nota contida em cada entrelinha da (im)perfeição humana! Corpo nu é templo, corpo nu é tela, corpo nu é arte.


Super indico este link de um ensaio intitulado "Nu Honesto", que retrata as mulheres em seu cotidiano, no seu nu subjetivo e sincero.
http://www.araruna1.com/noticia/1685/nu-honesto-fotografo-faz-imagens-de-mulheres-lindas-e-suas-imperfeicoes-confira