quinta-feira, 24 de maio de 2012

Não sei se é feio admitir a inquietude da solidão, ou se é mais feio ainda fingir gostar da perenidade dos vazios. Feio mesmo é queixar-se de braços cruzados e acenar para o acaso. Se acha que vem, não vem, se acha que não vem, não vem mesmo. É pessimismo, descrença, realidade... sina?

domingo, 13 de maio de 2012

Molduras



A solidão torna os dias frios ainda mais frios
O café fica amargo, a bebida quente
E o cobertor é grande demais pra uma só pessoa.
Os braços procuram o que não há
A cabeça encosta num peito inexistente.
A janela emoldura o dia cheio que vem vindo
Os olhos emolduram o vazio do peito
O peito emoldura o coração
A lágrima presa no quadro emoldura o pensamento.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Ventos

Me sinto pássaro aventureiro
Folha atrevida que desprende da árvore
Avante! Rumo aos ventos desconhecidos!
Nada de correntes
Nada de gaiolas
Sou gota de mercúrio
Que foge da mão de quem o apreende.