domingo, 30 de outubro de 2011

No olho, a chuva
Na mente, a brisa
O coração pensa
A razão ama
A palavra é injusta
A oportunidade trai.

Passarás, não passarás

O passado não importa? Olha pra trás e vê o quanto você cresceu e aprendeu, por mais frustrantes que tenham sido as suas experiências! No passado está a infância, a doce inocência de infância, o bolinho de chuva da vovó, os mimos da família, as brincadeiras de rua que sempre rendiam joelhos surrados, alguns dos amigos que você guarda até hoje, nem que seja a fraca lembrança! É lá atrás que estão meus sorrisos e gargalhadas do tempo de escola, os bilhetinhos durante a aula, a noite das meninas, o tempo de escrever o nome do carinha que você gosta dentro de um coração e ficar muito envergonhada quando ele toma conhecimento, os segredos, que até hoje estão à sete chaves... estão também os tropeços, as decepções, as lágrimas, os caquinhos de coração, os soluços, as intrigas.
Muitas destas coisas, continuarão a fazer parte do que sou agora, do que somos agora, mas seria muito utópico achar que as coisas não sofrem mutação! Você se lembra daquela amiga com a qual você dividia todos os seus segredos e hoje em dia tem pouquíssimo contato? Lembra das promessas no ensino médio de que seríamos pra sempre, como se fôssemos heróis? Lembra daquele beijo roubado, que ficou sem devolução até hoje? Certas coisas não voltam, não se repetem, não se assemelham. Cada minuto nos guarda uma surpresa, cada surpresa, um sabor.
Seria um tanto clichê falar pra aproveitar cada minutinho, mas acho que o caso é muito mais falar pra não abandonar totalmente o passado - claro, algumas coisas merecem, realmente - mas é lá que se encontram lembranças que você quer guardar e que jamais voltarão.
É do passado que tiro um bocado de forças pra estar aqui no presente, é nele que me inspiro, seja pra repetir as coisas boas, seja pra não cometer os mesmos erros. E sei que hoje, sou uma pessoa diferente de ontem, que é diferente de quem serei amanhã.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Comigo

Um amigo assim, de verdade, é mais do que alguém que compartilha segredos, risos e momentos bons. Amigo tá contigo nas horas ruins, te dando aquele abraço apertadão. Amigo preza pelo seu bem estar, mesmo que isso possa sacrificar o dele próprio. Amigo não é posse, amigo é plenitude! Amigo conversa, amigo dá bronca, amigo mostra a verdade nua e crua. Amigos são anjos, disfarçados de humanos!

À todos os meus amigos, pela contração das suas pupilas quando riem, pelo som ecoante de cada riso, por cada semblante, por cada nuance, cada abraço e principalmente por eu poder falar com vocês como se estivesse falando comigo mesma (:

domingo, 16 de outubro de 2011

Bom mesmo seria se só fizéssemos o que temos vontade, o que não dar dor de cabeça, o que nos interessa e agrada, mas, a contragosto, você percebe que não é bem assim que a banda toca, que se você fugir dos problemas, eles não desaparecerão, te perseguirão, até quando você quer  jogar tudo pro alto e sair gritando por aí, seguindo uma vida instintiva...  Faz parte do processo de aprendizagem e amadurecimento saber discernir o que é prioridade na sua vida, ser inteligente o suficiente pra saber o que realmente não pode ser deixado de lado e ser forte para abandonar certas coisas.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Vinho, paixão e um adeus!

Diana era confusa e envolvia as pessoas em sua teia emaranhada de indecisões. O jeito excêntrico de Paul a fazia sentir secreta vergonha, ele andava sempre com o cabelo despenteado e jaqueta de couro, como se estivesse em perfeita desarmonia, principalmente o seu português tropeçado. Ela era o que pode ser chamado de "dondoca", bonequinha da sociedade, educada nos costumes mais finos, isso a fazia pensar nos comentários aguçados de suas colegas do ioga.  Ele era explosivo e impaciente, não suportava ser sempre tratado como um meio e não um fim. Após dias de incessantes brigas, com reconciliações sempre muito explosivas, rumos, decisões e garrafas de vinho foram tomados, todas as exclamações se transformariam em pontos finais, tudo não teria passado de uma aventura, iniciada após longos papos e copos de tequila em uma boate caribenha.
 O beijo de despedida tinha sabor de ventania, embora marcante. Diana sussurrou naqueles ouvidos quentes as palavras de um até logo, jogado como vidro, que cai e corta! Ela sabia que ao abrir os olhos, embargados por lágrimas, o sonho desabaria, a noite já teria se tornado dia e aquele perfume de almíscar e o cheiro de loção de barbear se dissipariam no ar.
Era o fim, o fim daquele maio tão aconchegante, o fim da pluralidade do "nós", do casal temperado por paixão ardente.
Com o dia já raiado e os lençóis marcados com vestígios de vinho, ela foi embora. O barulho de buzinas, a freada, os gritos e a figura de uma mulher, no chão. O destino os separara para sempre.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Amor, fantasiado de quê? Amor, que amor? Amor que arrebata, amor que acalora, amor que cuida, que valham a loucura do meu riso. Amor, que amor?  Derrama em mim o teu sabor agridoce de conquista, o teu charme. As palavras fogem, caem por terra, as atitudes marcam! Quero perder-me ao encontrar-te quando, por ventura, dobrar as esquinas do teu mundo. E não demora, que a sorte é efêmera!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

"Se alguém ama uma flor da qual só existe um exemplar em milhões e milhões de estrelas, isso basta para que seja feliz quando a contempla. Ele pensa:" Minha flor está lá, nalgum lugar..." Mas se o carneiro come a flor, é para ele, bruscamente, como se todas as estrelas se apagassem".

Saint-Exupéry em "O pequeno príncipe".