quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A incerteza de um amanhã


"É noite, mais precisamente uma noite fria de agosto, tento olhar as estrelas pelo nublado céu de Campina Grande, porém as nuvens me impedem. Por que o próprio céu se esconde? De que se esconde? Será de meus pensamentos? Definitivamente não sei, mil coisas me passam pela cabeça a fim de responder tão simples e ao mesmo tempo complexa pergunta, mas logo desisto, pois ir contra a vontade do maior tira dele a sua magia. Então me pego pensando no amanhã, no que eu espero dele, ou no que provavelmente me acontecerá. Será que é isso mesmo que deveria ser? Seria esse o meu destino – se é que realmente existe? Complicado responder, o futuro é incerto, tão incerto quanto o que vou pensar daqui a dois minutos, porém os pensamentos não param, eles me invadem, apoderam-se de mim, chegam até a me corroer e finalmente me pego às lagrimas, lágrimas de tristeza? Talvez, mas prefiro chamar de lágrimas de um talvez. A sensação de incomodo persiste, mas por que se tudo parece ser para meu bem estar? Talvez porque o que precise não seja o melhor e sim desafios, então percebo que tudo não é devido à incerteza de um amanhã, mas sim a falta dele, o talvez de algo pré-determinado, que vai de contra minha vontade. A partir disso me pergunto, como eu aparentemente tão forte, posso ser “destruída” por um simples pensamento? Por que isso me afetaria tanto? Poderia ser o frio? A falta das minhas amadas estrelas? Não, apenas a incerteza constante, o provável adeus, melhor falando, o quase certo adeus, que prefiro chamar de até logo, soa menos doloroso, porém, embora menos doloroso, nada reconfortante. As lagrimas não param, parece que estou em sintonia com a triste noite, ou será que eu a deixei assim? Desconheço, mas os pensamentos voam para outro lado, o passado, o que já vivi e as pessoas que conheci o que já sofri e já sorri, então a incerteza do futuro retorna,será que fui justa nas minhas escolhas? Será que fiz alguém sofrer? Será que alguém está sentindo o mesmo que eu? Espero que sim e ao mesmo tempo em que não, literalmente sufocada, quase sem ar e totalmente sem palavras, me dou conta que por mais que tenha errado, sido egoísta ou arrogante, segui meu coração, dei o melhor de mim e tudo, exatamente tudo não irá ser esquecido e nem foi em vão, não pra mim, que agora vago em minhas lembranças e incertezas de possíveis futuros. E depois de tudo isso, simplesmente me entrego ao silencio da noite."

Texto de autoria da minha comparsa, Amanda Dantas. Muito bom, por sinal (=

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