terça-feira, 23 de agosto de 2011

Acreditar custa um tostão

É justamente quando desistimos do cinza, do marrom, do bege, do branco, do morno, do insosso, que vamos em busca pela alma colorida: com retalhos de sorrisos, pupilas esculpidas em vitral, cheiros armazenados em memórias nítidas. Não só tinha um sorriso invejável, branco e leve como a brisa de fim de tarde, como também tinha ternura no olhar, tinha calor de abraço, tinha doçura ao lidar sabiamente com as palavras. E sendo assim, que não se sente magnetizada à ir até mais fundo e dar um presente a si mesma, acreditando novamente no coração que insiste em tornar a bater, mesmo que com intensidade de início? Mais fácil resistir ao chocolate!
Quem sabe, um passo após outro e, ao invés de chegar a um precipício como sempre foi, ela não chegaria ao fim de um arco-íris? É, acreditar custa um tostão, mas quem não joga na loteira, não tem como ganhar o prêmio.

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