segunda-feira, 31 de março de 2014

Quando mais me importei com o mundo, quis tirar todas as suas dores sangrentas, latentes e repintá-las, minimizá-las. Quando mais me importei com todo o mundo, eu absorvi um pouco da dor de cada um e chorei, lamentei as dores do mundo de todo o mundo. Quando mais me  importei com todos, me senti retalho de alma, um pouco de cada. Quanto mais eu remoía e colecionava dores, mais a minha crescia, apoderava-se de mim, era a minha companhia. Quando eu percebi que eu somava dores, já havia explodido no acalento do meu próprio abraço inquietante, o abraço de ser vencido pelo cansaço.

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