sábado, 18 de junho de 2011

Sugadoras de paciência


 Estava quieta, no meu lugar, numa noite comum, na minha casa, onde o único barulho era o das teclas sendo pressionadas, conversando com algumas amigas, tentando alcançar a inspiração pra escrever algo, otimizando assim a minha insônia. Mas eis que me vejo em situação de desvantagem, sendo o prato principal de umas centenas, milhares, milhões de muriçocas! Essas criaturinhas arteiras, pretinhas, que, com suas picadinhas incômodas já sugaram tanto meu sangue à ponto de eu não conseguir pensar em mais nada. Ahh, como eu queria aquelas raquetes elétricas, daquelas que com uma na mão você vira um psicopata e se sentindo o próprio exterminador, onde mais que a fome, mais que o sono, mais que a vontade, você quer matar essas infelizes. Elas, como confidentes, susurram seus segredos chatos e inoportunos nos meus ouvidos, entoando a canção da impaciência e irritabilidade e eu nada posso fazer à respeito. Elas são muitas, mutantes, gritantes!

Sendo servida como o prato principal do banquete noturno delas.

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