domingo, 28 de abril de 2013

Desculpe-me o frio


Quando o frio me guardou em seus braços, eu quis calor. Frio nos deixa aquele vazio não preenchido e aquele gosto de café amargo na garganta, de amor ausente. Quando a noite cai, eu me aqueço na minha própria existência morna, nos meus devaneios incertos e pensamentos melancólicos. Por vezes, sorrio pras estrelas, quando elas aparecem... mas nem sempre elas me devolvem o sorriso. Madrugadas são um templo, onde amantes envolvem-se em tranças de pernas, onde boêmios entoam canções meio desajeitadas de uns goles a mais, mulheres tragam seus cigarros, pessoas dormem, outras refletem...onde pensamentos varrem o juízo como chuva fina lava a calçada e eu, meio tonta de sono, reconheço o peso das minhas palavras e que, a tristeza, real ou inventada, me inspira.

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